Saudações! Ao decorrer do tempo, o nosso projeto está avançando e superando desafios. A cada passo que damos para frente, encaramos novos limites e problemas a serem solucionados. Para que você fique ainda mais por dentro do nosso projeto, resolvemos compartilhar com vocês um de nossos problemas encontrados e, felizmente, solucionados; o dilema do motor convencional: torque versus velocidade.
Para o funcionamento da esteira, foi estabelecido pelo Prof°. Me. Targino Amorim que usaríamos um motor de 12V (comumente utilizado em microondas), conforme a foto a seguir.
Imagem 1: Motor de microondas
Este motor é famoso por apresentar uma baixa taxa de rotação (cerca de 5RPM), o que pode ser facilmente visualizado em um microondas, já que é perceptível a lentidão da sua frequência quando se colocar um prato e utiliza o eletrodoméstico. Porém, apesar de ser um motor de baixa velocidade (tanto linear quanto angular, considerando o movimento circular do seu eixo), esta pequena peça tem um torque altíssimo; ou como é comum dizer, o motor é muito forte. Isto significa que ele pode realizar trabalho com grande eficiência em situações que exijam muito de um motor, como fazer um corpo de muita massa se movimentar. Em motores de alta velocidade, esta situação não se repete. E então nasce a necessidade de observar qual das duas características é mais útil para a situação. No caso da nossa esteira, é importante atentar às duas coisas.
Para a nossa esteira transportadora, precisamos de um motor que tenha torque o suficiente para fazer o sistema funcionar e velocidade o suficiente para que as esteiras sejam mais velozes que o motor (evitando a lentidão no sistema). Assim, recorremos a um dos mais eficientes métodos de compensação do mundo da engenharia mecânica: transmissão de movimento circular através de engrenagens.
Imagem 2: Sistema de engrenagens em comunicação
Baseado nos conceitos de Física de M.C. (Movimento Circular) e de transmissão de movimento, estas peças servem primariamente para repassar movimento; mas, quando utilizadas de forma específica, também podem alterar a velocidade final de movimentação. É por esse princípio que se criou o câmbio (marcha), bastante comum nos automóveis. Através de um arranjo de engrenagens comunicadas via eixo ou via dentes, conseguimos transformar a força do motor em velocidade de rotação. Engrenagens de tamanho diferentes presas no mesmo eixo giram com a mesma velocidade angular, porém com velocidades lineares diferentes; e essa velocidade linear que é interessante para as esteiras. Ou seja, acoplando uma engrenagem grande ao eixo do motor, este irá girar com sua velocidade linear baixa, porém a grande engrenagem irá repassar uma velocidade linear notavelmente maior às outras engrenagens, fazendo assim, a esteira funcionar na velocidade devida. A GATEP reconhece a importância da Física no cotidiano de um engenheiro e, graças à ela, consegue dar mais um passo rumo à construção da esteira. Para mais informações e atualizações, continue por dentro do nosso blog!